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Brasília
É um facto que o Brasil se transformou numa economia emergente de referência, principalmente, pelo peso da sua economia. No seu espaço de influência o Brasil é a maior e a mais importante economia, aquela que mais cresce e mais chama atenção da cobiça dos investidores e analistas internacionais.
Apesar do forte crescimento económico verificado no Brasil, será que podemos afirmar, que essa importância económica foi traduzida em capacidade de influência nos palcos internacionais? Está questão resulta do recente fiasco diplomático brasileiro, no caso Irão, contra todas as expectativas e o consenso internacional, inclusivamente, contra os seus próprios interesses, o Brasil decidiu promover uma aproximação totalmente incompreensível ao Irão e apoiar o seu programa de enriquecimento do urânio, algo, que gerou perplexidade na comunidade internacional, cuja, reacção foi demarcar-se da posição brasileira e deixa-la isolada no plano internacional. O mais estranho nesta situação, é o facto, do Brasil ter entre mãos o seu próprio projecto de criação de energia nuclear para fins pacíficos e com esta aventura iraniana puder ficar sujeita ao escrutínio alheio. Provavelmente, o excesso de afirmação e a ânsia de protagonismo internacional terão induzido o Brasil a precipitar-se, foi está necessidade de dar a sua linha diplomática o mesmo estatuto da sua força económica, que levou o país a cometer este erro de principiante, que isolou o país na cena internacional. Talvez seja essa impaciência de não saber esperar pelo momento que precipitou o Brasil para o ostracismo e para a incompreensão. A paciência é uma virtude milenar e os chineses têm a suficiente sabedoria para saber isso. Ricardo Amorim
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